Nas últimas décadas houve um aumento considerável na atenção empregada à ictioparasitologia, bem como à patologia de peixes e de organismos aquáticos. Dentre as espécies de hospedeiros mais estudadas estão aquelas com algum interesse econômico, devido à intensificação das atividades de aquicultura no Brasil e no mundo. Assim, os estudos em parasitologia de peixes dulceaquícolas têm ganhado maior atenção, em detrimento à ictioparasitologia marinha. Hoje, acredita-se que o ambiente marinho tenha cerca de duas vezes mais filos que as florestas tropicais. Valendo-se dessa grande diversidade, espécies parasitas de peixes marinhos podem ser usadas como bioindicadores para avaliação indireta em estudos do status de seu ambiente. Além disso, helmintos parasitos têm sido utilizados como marcadores de rotas de dispersão, identificação de estoques ecológicos e de dietas de seus hospedeiros. Com isso, destaca-se a importância do íntimo conhecimento da comunidade helmíntica dos peixes para estudos das mais diversas áreas das ciências biológicas.